18 de jul 2025
Moraes considera inconstitucional projeto de anistia proposto por Bolsonaro
Bolsonaro enfrenta condenação por organização criminosa e pode ter pena superior a 40 anos. Anistia em debate gera tensões no Congresso.

Ministro Alexandre de Moraes conduz a inquirição de Jair Bolsonaro na ação penal da trama golpista (Foto: Pedro Ladeira - 10.jun.25/Folhapress)
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Jair Bolsonaro enfrenta um cenário jurídico complexo, com investigações em curso sobre os eventos de 8 de janeiro. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente, considerando inconstitucional a anistia proposta para os envolvidos na trama golpista. Moraes argumenta que Bolsonaro e seu filho, Eduardo, tentam obstruir a ação penal, buscando um arquivamento sumário ou a aprovação de uma anistia.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reafirmou o pedido de condenação de Bolsonaro e outros réus, destacando a organização criminosa que teria sido formada com o objetivo de desestabilizar o Estado. O processo sobre a tentativa de golpe deve ser julgado em setembro, e a pressão pela votação da anistia na Câmara dos Deputados continua, com implicações legais significativas.
Anistia em Debate
O projeto de anistia, que visa perdoar os condenados pelos atos de 8 de janeiro, foi retirado da Comissão de Constituição e Justiça e agora está sob análise de uma comissão especial. O novo relator, Rodrigo Valadares, ampliou o escopo da proposta, o que pode beneficiar Bolsonaro e outros réus. A expectativa é que, se aprovado, o projeto enfrente questionamentos no STF.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou que a anistia é uma competência do Congresso, mas ressalvou que o tribunal pode analisar a legalidade de qualquer medida aprovada. O decano da corte, Gilmar Mendes, também se manifestou contra a proposta, embora não tenha se posicionado diretamente sobre sua inconstitucionalidade.
Consequências Legais
Bolsonaro já foi condenado pelo TSE e é réu no STF por liderar a trama golpista. Caso seja condenado por organização criminosa e outros crimes, a pena pode ultrapassar 40 anos de prisão. A situação permanece tensa, com a possibilidade de novas medidas judiciais dependendo do comportamento do ex-presidente em relação às ordens do STF.


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