20 de jul 2025
Equador extradita Fito, líder de facção criminosa, para julgamento nos EUA
Fito, líder dos Los Choneros, enfrenta até 50 anos de prisão nos EUA por tráfico de drogas e contrabando de armas após sua extradição.

Chefe da organização criminosa Los Choneros, José Adolfo Macías Villamar, o Fito, é acompanhado por policiais equatorianos após sua captura (Foto: Marcos PIN / AFP).
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José Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder da facção criminosa Los Choneros, foi extraditado para os Estados Unidos em 20 de julho de 2024. A decisão ocorreu após sua recaptura em junho, após uma fuga em janeiro que expôs falhas no sistema prisional do Equador. Fito enfrenta acusações de tráfico de drogas e contrabando de armas, podendo ser condenado a até 50 anos de prisão.
O governo equatoriano confirmou a extradição, destacando que Fito foi retirado do Centro de Privação de Liberdade La Roca, em Guayaquil, para ser enviado aos EUA. A operação foi realizada por uma equipe conjunta de policiais e militares, que o colocou em um avião do Departamento de Justiça dos EUA. A extradição é um marco na luta do Equador contra o crime organizado, sendo a primeira desde a reabertura desse processo em um referendo no ano anterior.
Fito, que cumpria uma pena de 34 anos por crimes relacionados ao narcotráfico, escapou em janeiro, desencadeando uma onda de violência que levou o governo a declarar um estado de exceção. Sua recaptura ocorreu em um bunker em Manta, onde ele se entregou após uma operação que envolveu escavadeiras. A recompensa de US$ 1 milhão por sua captura refletiu a gravidade de sua situação.
Acusações e Expectativas
Nos EUA, Fito se declarou inocente durante seu primeiro comparecimento em uma corte de Nova York. Ele enfrenta sete acusações, incluindo conspiração para distribuição internacional de cocaína e uso de armas de fogo para promover o tráfico. O julgamento ocorrerá na mesma corte que condenou Joaquín "El Chapo" Guzmán, aumentando as expectativas sobre possíveis revelações durante o processo.
A extradição foi aprovada pela Justiça equatoriana, que recebeu garantias dos EUA de que Fito não enfrentaria tratamento cruel ou pena de morte. O presidente do Equador, Daniel Noboa, apoiou a medida, considerando a imagem de Fito um símbolo da impunidade no tráfico de drogas. A situação de segurança no país continua crítica, com a taxa de homicídios aumentando drasticamente nos últimos anos.
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