21 de jul 2025
AGU investiga operações suspeitas de câmbio antes de aumento de tarifas de Trump
AGU investiga Eduardo Bolsonaro por movimentações suspeitas de insider trading antes de tarifas dos EUA, envolvendo bilhões no mercado cambial.

Cédulas de dólar: operações de câmbio suspeitas feitas no dia do tarifaço de Trump contra o Brasil podem ser investigadas (Foto: Bloomberg)
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A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de uma investigação sobre movimentações financeiras suspeitas ligadas ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. O pedido, protocolado após uma reportagem do Jornal Nacional, investiga possíveis indícios de insider trading no mercado cambial antes do anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos.
As transações em questão ocorreram em um período crítico, entre 13h30 e 16h20 do dia 9 de julho, quando o presidente Donald Trump anunciou as tarifas, resultando em uma desvalorização significativa do real. A AGU aponta que Eduardo Bolsonaro pode ter se beneficiado de informações privilegiadas, realizando operações que movimentaram entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões. O dólar, que estava a R$ 5,46, foi revendido a R$ 5,60 após o anúncio.
Contexto da Investigação
O inquérito já em andamento investiga ações de Eduardo Bolsonaro, que incluem tentativas de obstrução à Justiça e conexões com autoridades estrangeiras. A AGU também notificou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que tomem medidas urgentes. A CVM é responsável por fiscalizar o uso indevido de informações no mercado financeiro.
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, autorizou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para apurar as suspeitas de insider trading. A tramitação do caso ocorrerá sob sigilo, e a investigação poderá envolver acordos de cooperação internacional para rastrear as operações.
Implicações e Desdobramentos
As movimentações financeiras levantam questões sobre a ética e a legalidade das ações de figuras públicas em relação ao mercado. A AGU argumenta que as condutas de Eduardo Bolsonaro podem configurar crimes e ampliar a linha de apuração já em curso no STF. O ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta processos judiciais, também está sob investigação por suas tentativas de influenciar o sistema judiciário.
A situação se agrava em um momento em que a economia brasileira já enfrenta desafios, e as ações dos Bolsonaro estão sob intenso escrutínio. A investigação pode trazer à tona mais informações sobre o impacto das decisões políticas nas operações financeiras e na confiança do mercado.
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