21 de jul 2025
Eduardo Bolsonaro ameaça a Polícia Federal e órgão repudia ato como covarde
Eduardo Bolsonaro intensifica ataques ao delegado Fábio Shor e critica ministro do STF, enquanto enfrenta inquérito por obstrução de Justiça.

Eduardo Bolsonaro participa de protesto na Esplanada dos Ministérios em 9 de julho de 2024; deputado federal está nos Estados Unidos desde o início do ano e é investigado por buscar sanções contra o Brasil para intimidar curso do processo penal contra seu pai, réu por tentativa de golpe (Foto: Wilton Júnior/Estadão)
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a atacar o delegado da Polícia Federal Fábio Alvarez Shor durante uma live realizada no domingo, 20. Eduardo se referiu a Shor como "cachorrinho da Polícia Federal" e ameaçou se "mexer" caso soubesse a identidade de um agente que o assistia. Essas declarações ocorrem em um contexto de investigações que envolvem seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, reagiu com indignação, classificando as falas de Eduardo como uma "covarde tentativa de intimidação". Rodrigues afirmou que a corporação não permitirá que investigados intimidem seus servidores. Eduardo Bolsonaro já é alvo de um inquérito no STF por suposta obstrução de Justiça, relacionado a tentativas de influenciar o processo penal contra seu pai.
Durante a transmissão, Eduardo também criticou o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que a revogação do visto de 8 dos 11 ministros do STF era apenas o "começo" das sanções contra Moraes. Ele declarou que seu objetivo é remover o ministro do Supremo, afirmando que ele não é digno de estar na Corte.
Além disso, Eduardo Bolsonaro já havia sido alvo de investigações por ofensas a Shor na tribuna da Câmara em agosto de 2024. Na ocasião, ele insinuou que o delegado produziu "relatórios fraudulentos" em investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Apesar das ameaças, Eduardo não foi indiciado pela PF, enquanto outros parlamentares, como Marcel van Hattem (Novo-RS), enfrentaram consequências legais.
A licença de Eduardo se encerrou no mesmo dia da live, e suas faltas não justificadas a partir de agora poderão resultar na cassação de seu mandato, caso ultrapassem um terço das sessões legislativas do ano. Ele já admitiu que pode abrir mão do cargo, mas busca alternativas para evitar a perda do mandato.
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