Milei e peronismo finalizam listas e se preparam para intensa campanha na província

Javier Milei, presidente ultradireitista da Argentina, intensifica sua campanha para derrotar o peronismo na província de Buenos Aires, seu principal bastião eleitoral. As eleições legislativas estão marcadas para 7 de setembro e Milei apresenta candidatos como Maximiliano Bondarenko, ex-comissário, para atrair votos na região mais kirchnerista do país.

A estratégia de Milei envolve a união da direita, após absorver o PRO de Mauricio Macri. Ele foca em temas como insegurança e economia, prometendo combater a criminalidade e destacando a queda da inflação durante seu governo. Desde que assumiu, a inflação caiu de 211,4% para 117%, com previsões de redução para 30% em 2025.

Bondarenko, em sua primeira mensagem como candidato, enfatizou a necessidade de enfrentar a insegurança e o narcotráfico, prometendo devolver a dignidade aos cidadãos. Ele se opõe à vice-governadora Verónica Magario, que representa o peronismo e enfrenta críticas internas devido à gestão do governo.

A coalizão peronista, por sua vez, tenta se consolidar como uma alternativa à "motosserra" de Milei, destacando o aumento do desemprego e os efeitos negativos dos cortes de gastos. O ministro de Infraestrutura, Gabriel Katopodis, lidera a lista do peronismo na periferia norte, enquanto a unidade entre as facções do peronismo é precária e depende dos resultados das eleições.

Com a polarização política em alta, a nova coalizão moderada, Somos Buenos Aires, busca conquistar eleitores descontentes com ambos os lados. No entanto, as pesquisas indicam que essa aliança pode ter um desempenho fraco, com uma expectativa de voto em torno de 5%. A elevada abstenção é uma preocupação, especialmente entre os eleitores decepcionados com Milei e o peronismo.