PSOL solicita impeachment de Tarcísio na Alesp por violação da soberania nacional

A bancada do PSOL protocolou, nesta segunda-feira, 21, um pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Assembleia Legislativa de São Paulo. A denúncia alega que Tarcísio cometeu crimes de responsabilidade ao apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e intervir em questões judiciais, especialmente em meio à crise diplomática com os Estados Unidos.

Os deputados do PSOL afirmam que o governador extrapolou suas atribuições ao se alinhar a interesses estrangeiros, especialmente após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA a partir de agosto de 2025. O ex-presidente Donald Trump justificou a medida como um gesto de solidariedade a Bolsonaro, que está sob investigação por tentativa de golpe de Estado.

O documento de impeachment, assinado por deputados como Carlos Giannazi e Mônica Seixas, destaca que Tarcísio tentou favorecer a fuga de Bolsonaro, cujo passaporte foi apreendido pela Polícia Federal. A ação inclui críticas ao governador por sua postura em relação ao governo Trump e por ter publicado um vídeo usando um boné com o slogan da campanha do ex-presidente americano.

Críticas e Defesas

Em suas redes sociais, Tarcísio defendeu Bolsonaro, afirmando que ele foi humilhado e que sua luta pelo país é admirável. O governador também criticou o governo atual, alegando que a taxação é resultado da ideologia de Luiz Inácio Lula da Silva, sem, no entanto, criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs restrições a Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica.

A bancada do PSOL considera que a atitude de Tarcísio representa uma tentativa de obstrução da Justiça e favorecimento a um investigado. O governador, por sua vez, não se manifestou oficialmente sobre o pedido de impeachment até o momento, mas o espaço para sua resposta permanece aberto.