22 de jul 2025
Brasil é mais democrático que os Estados Unidos, afirma autor de best-seller
Professor de Harvard destaca a eficácia das instituições brasileiras na defesa da democracia em comparação com os Estados Unidos.

Para professor de Harvard, diferentemente dos EUA, Brasil respeita a crença de que, se há forças políticas que infringem a lei e ameaçam abertamente a democracia, elas devem ser impedidas de assumir o poder (Foto: Getty Images via BBC)
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As instituições brasileiras têm demonstrado uma resposta mais eficaz às ameaças à democracia do que as americanas, segundo Steven Levitsky, professor da Universidade de Harvard. Em entrevista à BBC News Brasil, Levitsky afirmou que a atuação do Brasil após as eleições de 2022 foi mais robusta do que a resposta dos EUA à invasão do Capitólio em 2021.
O professor elogiou o papel do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo ele, agiu de forma coordenada e firme durante o governo de Jair Bolsonaro. Levitsky destacou que, embora o STF tenha desempenhado um papel crucial, é necessário que a Corte retorne ao seu "devido lugar" após a superação da crise. Ele alertou que um órgão não eleito formulando políticas pode ser perigoso para a democracia.
Levitsky criticou as ações de Donald Trump, que impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sancionou ministros do STF, considerando essas medidas como tentativas de intimidação que prejudicam a democracia no Brasil. Ele descreveu a abordagem atual dos EUA como mais personalizada e desinformada do que as intervenções históricas na América Latina.
O professor também enfatizou que a resistência do Brasil às pressões de Trump é legítima e necessária. "Aqueles que enfrentam Trump têm mais chances de sucesso", afirmou, ressaltando que a falta de resposta das instituições americanas às ações do ex-presidente resultou em um enfraquecimento da democracia nos EUA.
Levitsky concluiu que a resposta do Brasil às ameaças à democracia está mais alinhada com práticas comuns em democracias ao redor do mundo, onde ações são tomadas para impedir que figuras autoritárias assumam o poder. "O Estado tem o direito de tomar medidas para impedir ameaças à democracia", finalizou.
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