22 de jul 2025
Fux justifica voto contra tornozeleira para Bolsonaro em decisão polêmica
Supremo Tribunal Federal impõe restrições severas a Jair Bolsonaro, incluindo recolhimento domiciliar e monitoramento eletrônico, após investigações.

Foto: Reprodução
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O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta novas restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decorrência de investigações sobre sua suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 e a disseminação de notícias falsas. As medidas, decididas pela Primeira Turma do STF, incluem recolhimento domiciliar, uso de tornozeleira eletrônica e proibição de contato com autoridades estrangeiras.
As restrições foram anunciadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou que Bolsonaro não pode utilizar suas redes sociais ou aparecer em áudios e vídeos. A decisão foi motivada por uma recente aparição do ex-presidente em um vídeo, onde ele criticou a tornozeleira como um "símbolo da máxima humilhação". Moraes deu um prazo de 24 horas para que a defesa de Bolsonaro explique a situação, sob pena de prisão.
Detalhes das Restrições
As medidas incluem o recolhimento domiciliar de Bolsonaro das 19h às 6h durante a semana e em tempo integral nos fins de semana e feriados. Além disso, ele não pode se aproximar de embaixadas ou consulados e deve ser monitorado por tornozeleira eletrônica. A decisão foi aprovada por quatro dos cinco ministros da turma, com o ministro Luiz Fux sendo o único a se opor, citando preocupações sobre a liberdade de expressão.
Moraes argumentou que há indícios suficientes de que Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, tentaram intimidar autoridades e obstruir investigações relacionadas ao golpe de Estado. O ministro destacou que as publicações nas redes sociais de Bolsonaro e Eduardo visam intimidar agentes públicos e interferir no andamento do processo judicial.
Implicações e Reações
A decisão de Moraes foi considerada bem fundamentada por especialistas, que acreditam que as restrições podem evitar que Bolsonaro busque asilo na embaixada americana em Brasília. O ex-presidente, por sua vez, negou qualquer intenção de deixar o país e afirmou que vê a investigação como uma motivação política. A situação continua a gerar repercussões significativas tanto no Brasil quanto nas relações com os Estados Unidos.
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