22 de jul 2025
Justiça suspende contratação de policiais para monitorar escolas cívico-militares em SP
Suspensão do edital para monitores pode atrasar a implementação do programa de escolas cívico militares em São Paulo, prevista para agosto.

Governador Tarcísio de Freitas durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes ao lado de estudantes, quando sancionou lei que estabelece escolas cívico-militares no Estado. (Foto: Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP - 24/06/2024)
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O Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu, nesta sexta-feira, 18, o edital para a contratação de policiais militares como monitores nas escolas cívico-militares do estado. A decisão foi tomada após uma ação popular movida por parlamentares do PSOL, incluindo o deputado estadual Carlos Giannazi e a deputada federal Luciene Cavalcante. A Secretaria da Educação do Estado informou que irá recorrer da decisão, ressaltando que a suspensão pode prejudicar os alunos que optaram pelo modelo.
A liminar foi concedida com base na argumentação de que a contratação de policiais militares da reserva, sem concurso público, infringe normas constitucionais e legais. A juíza responsável pelo caso destacou que o processo seletivo informal para a função caracteriza a criação indevida de um cargo público. O Ministério Público também apoiou a ação, alertando sobre os riscos financeiros e à qualidade da educação pública.
Impacto na Implementação do Programa
O programa de escolas cívico-militares, lançado no ano passado, tinha como objetivo melhorar a gestão escolar em 100 unidades, escolhidas entre 302 que manifestaram interesse. A implementação estava prevista para agosto, atendendo cerca de 50 mil alunos em escolas de 89 municípios, incluindo a capital e regiões com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média estadual.
A Secretaria da Educação defende que a escolha pelo modelo foi feita por famílias e comunidades escolares, que se manifestaram favoravelmente durante o processo de adesão. Com a suspensão do edital, os planos da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) para iniciar o modelo cívico-militar podem ser significativamente atrasados.
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