El Salvador se beneficia da deportação de imigrantes durante governo Trump

O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, intensificou esforços para deportar migrantes sem status legal, com foco em acordos com países como El Salvador. Recentemente, o país centro-americano recebeu deportados dos EUA, levantando suspeitas sobre acordos secretos entre o presidente Nayib Bukele e gangues locais.

A deportação de membros de gangues para prisões em El Salvador é vista como parte da estratégia de Trump para combater o crime. Bukele, por sua vez, tem se beneficiado politicamente, recebendo elogios de Trump e uma atualização na classificação de segurança do Departamento de Estado dos EUA, que agora considera El Salvador um dos países mais seguros, superando nações como França e Espanha.

Uma investigação do The New York Times revelou que os EUA pagaram cerca de US$ 5 milhões ao governo de Bukele para encarcerar mais de 200 deportados venezuelanos. Além disso, líderes da gangue MS-13 foram enviados de volta a El Salvador, levantando questões sobre possíveis acordos entre Bukele e os criminosos. Apesar das alegações, Bukele nega qualquer pacto com as gangues.

A repressão às liberdades civis em El Salvador também tem sido alvo de críticas. O governo de Bukele tem sido acusado de silenciar dissidentes e restringir a liberdade de imprensa, enquanto o Departamento de Estado dos EUA elogia suas ações. A atualização na classificação de segurança coincide com a chegada dos deportados e reuniões entre Bukele e autoridades americanas, o que gerou desconfiança.

O impacto econômico das remessas de salvadorenhos vivendo nos EUA é significativo, e Bukele espera que o turismo aumente com a nova classificação. No entanto, a situação dos deportados e as condições nas prisões levantam preocupações sobre os direitos humanos no país. A pressão sobre Bukele aumenta, à medida que sua imagem de salvador da nação enfrenta novos desafios.