23 de jul 2025
'Medico' do PCC tem pedidos de prisão negados pela Justiça após condenações
Anderson dos Santos Domingues é acusado de corrupção ao intermediar propina para liberar helicóptero avaliado em R$ 10 milhões.

Anderson dos Santos Domingues, condenado por organização criminosa e alvo de operações por envolvimento com o PCC (Foto: Reprodução)
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O advogado Anderson dos Santos Domingues, 44 anos, foi denunciado pela quarta vez, agora por intermediar propina a policiais civis para a liberação de um helicóptero apreendido. As investigações revelaram comunicação frequente entre Domingues e um policial envolvido no caso.
Domingues, que já possui condenações por organização criminosa e vínculos com o PCC, foi alvo de dois pedidos de prisão nos últimos 18 meses. O primeiro envolveu repasse de ordens do traficante Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho. O segundo, há um mês, acusou-o de participar de um esquema de corrupção em São Paulo. Apesar das acusações, a Justiça negou as prisões preventivas.
O advogado, que já cumpriu pena e foi beneficiado por indulto, se tornou alvo da Polícia Federal em 2014, durante uma operação relacionada ao tráfico de drogas. A investigação revelou que ele mantinha diálogos com membros do PCC e recebia informações sobre carregamentos de drogas. Domingues foi condenado a sete anos e quatro meses de prisão em um dos casos.
Novas Acusações
Na última sexta-feira, 18 de agosto, Domingues foi novamente denunciado, desta vez por sua suposta participação em um esquema de corrupção policial. A denúncia, parte da Operação Agusta, surgiu após a apreensão do celular do policial Marcelo Marques de Souza, que estava sob investigação por extorsão. Mensagens entre Domingues e o policial indicam que ele teria recebido parte do pagamento para a liberação do helicóptero, avaliado em R$ 10 milhões.
A defesa do policial afirmou que irá provar sua inocência, enquanto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que Domingues enfrenta um processo no Tribunal de Ética e Disciplina, que é sigiloso. As investigações continuam, e a situação do advogado permanece sob monitoramento pelas autoridades.
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