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23 de jul 2025

Prefeitura de SP atrasa repasses e renovações de programa para população de rua

Atrasos nos pagamentos do programa Vila Reencontro ameaçam serviços essenciais para famílias em situação de rua em São Paulo.

Barraca de pessoas em situação de rua em São Paulo (Foto: Maria Isabel Oliveira / O Globo)

Barraca de pessoas em situação de rua em São Paulo (Foto: Maria Isabel Oliveira / O Globo)

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A cidade de São Paulo enfrenta uma grave crise na assistência social, com atrasos nos pagamentos do programa Vila Reencontro, que abriga famílias em situação de rua. Apesar de ter o maior orçamento da história, de R$ 125,8 bilhões, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem enfrentado dificuldades orçamentárias, colocando em risco a continuidade dos serviços.

O programa, que conta com dez núcleos de casas de contêineres, foi inaugurado em 2022 e se tornou um símbolo da administração Nunes. Recentemente, a prefeitura atrasou por três meses os repasses à instituição que gerencia a Vila Reencontro do Jabaquara, totalizando R$ 2 milhões em pagamentos pendentes. Em outros núcleos, como Sapopemba e Guaianazes, os contratos têm sido renovados de forma emergencial, sem garantias de continuidade.

A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) reconhece as "severas pressões orçamentárias" e tem adotado medidas emergenciais, como a redução dos prazos de renovação de contratos. O programa abriga até 2.000 pessoas e é considerado uma das políticas mais eficazes para o acolhimento de pessoas em situação de rua na capital paulista.

Crise Orçamentária

A falta de recursos tem levado a secretaria a solicitar R$ 52,9 milhões para manter as Vilas Reencontro, mas até agora apenas R$ 45 milhões foram liberados. A gestão Nunes tenta regularizar os pagamentos, mas a situação se agrava com a aproximação do inverno, que promete ser rigoroso. A unidade do Jabaquara, gerida pela Associação Evangélica Beneficente, chegou a estar sob risco de encerrar os atendimentos.

Além disso, a prefeitura não realiza um censo da população em situação de rua desde 2021, o que tem gerado críticas de parlamentares. Recentemente, foi determinado o fechamento de um Centro de Convivência no Cambuci, sem explicações claras. A gestão municipal também criou um grupo de trabalho para reavaliar centros de acolhida, em resposta a reclamações sobre a concentração de pessoas nas proximidades.

A situação evidencia a fragilidade do sistema de assistência social em São Paulo, que enfrenta desafios significativos para garantir a continuidade dos serviços essenciais para a população vulnerável.

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