Rússia considera paz com a Ucrânia, mas insiste em demandas territoriais

A Rússia reafirmou sua disposição para buscar a paz com a Ucrânia, mas prioriza seus objetivos estratégicos, conforme declarado pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, neste domingo, 20. A declaração surge em meio a um aumento das hostilidades, com Moscou intensificando os ataques aéreos em diversas cidades ucranianas.

Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs um prazo de 50 dias para que a Rússia aceite um cessar-fogo, sob a ameaça de sanções mais severas. Peskov, em resposta, negou que as negociações de paz estejam estagnadas e reiterou que o Kremlin busca um acordo, mas que este é um processo complexo. Ele destacou que "o principal para nós é atingir nossos objetivos", que incluem a retirada da Ucrânia das regiões anexadas pela Rússia em 2022.

As exigências russas para um acordo de paz incluem a retirada das tropas ucranianas das quatro regiões anexadas e a desistência de Kiev em se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Essas condições têm sido rejeitadas pelas autoridades ucranianas e seus aliados ocidentais, que consideram inaceitáveis as demandas de Moscou.

No cenário internacional, Trump anunciou o envio de armamentos dos EUA à Ucrânia e a implementação de "tarifas severas" caso um acordo não seja alcançado em 50 dias. Ele também incentivou aliados europeus a adquirir equipamentos militares dos EUA para fortalecer a defesa ucraniana, especialmente sistemas de defesa aérea Patriot, essenciais para enfrentar os ataques russos.