26 de jul 2025
Equador deporta mais de 800 colombianos em meio a protestos de Bogotá
Equador deporta mais de 800 presos colombianos sem aviso prévio, gerando tensões e críticas do governo da Colômbia sobre a legalidade da ação.

Detentos colombianos aguardam para serem deportados para a Colômbia através de ponte na fronteira com o Equador (Foto: Leonardo CASTRO / AFP)
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Mais de 800 presos colombianos foram deportados pelo Equador neste sábado, 21 de outubro, em uma ação que gerou protestos do governo colombiano. A deportação ocorreu sem notificação prévia a Bogotá, o que levou a Colômbia a considerar a medida como um descumprimento das leis internacionais.
A governadora da província equatoriana de Carchi, Diana Pozo, confirmou que os detentos, todos em uniforme laranja, foram levados pela ponte fronteiriça de Rumichaca. “Foram deportadas mais de 800 PPL (pessoas privadas de liberdade)”, afirmou Pozo em coletiva. Os presos, vigiados por forças de segurança, enfrentaram o frio andino enquanto aguardavam para retornar ao seu país.
A Chancelaria colombiana expressou sua indignação, alegando que a deportação foi realizada sem um acordo prévio. “O problema é que, ao não sermos informados, não montamos um plano de contingência”, disse Juan Morales, secretário de governo da cidade de Ipiales. O prefeito local, Amílcar Pantoja, informou que a cidade se preparou para receber ao menos 1.061 colombianos.
O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia emitiu um comunicado, afirmando que as deportações foram iniciadas sem atender às solicitações para um protocolo prévio. A chanceler interina, Rosa Villavicencio, foi enviada à região para lidar com a situação. Em resposta, o governo equatoriano alegou que notificou Bogotá sobre as deportações em julho e que o processo respeitou os direitos humanos.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, já havia manifestado a intenção de deportar detentos colombianos para aliviar o sistema prisional do país. Em abril, deportações em menor escala já haviam sido realizadas, mas o presidente colombiano, Gustavo Petro, se opôs à medida, defendendo um plano conjunto que respeite os direitos dos presos.
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