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26 de jul 2025

Religiões fortalecem comunidades em favelas e promovem inclusão social

Censo 2022 revela que 12,1% dos estabelecimentos em favelas são religiosos, destacando a importância da religião em áreas vulneráveis.

Luis Quintero (Foto: Reprodução)

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A pesquisa do Observatório da Religião e Interseccionalidades, utilizando dados do Censo 2022, revela que 12,1% dos estabelecimentos em comunidades e favelas brasileiras são religiosos, em comparação a apenas 5,3% fora dessas áreas. Essa diferença destaca a concentração de práticas religiosas, especialmente evangélicas, em regiões vulneráveis.

O Censo de 2022 foi o primeiro a incluir informações sobre práticas religiosas no levantamento dos domicílios brasileiros. Em 585 dos 5.570 municípios recenseados, a presença de estabelecimentos religiosos é notável, refletindo um fenômeno que vai além das grandes metrópoles. Entre as capitais, 25 das 27 mostram uma maior proporção de estabelecimentos religiosos em comunidades em relação ao restante da população. Os maiores contrastes foram observados em Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC), onde a razão é mais que o dobro.

Funções Sociais da Religião

A pesquisa também aponta que a presença de igrejas e templos se torna fundamental em contextos onde o Estado é ausente ou atua de forma violenta. Esses espaços não apenas oferecem suporte espiritual, mas também funcionam como redes de apoio material e emocional. A religião, portanto, desempenha um papel central na vida social das periferias urbanas, onde a cidadania é vivenciada de maneira significativa.

Além disso, a análise dos dados mostra que, ao retirar estabelecimentos em reforma, a média de estabelecimentos religiosos em relação ao total nos municípios é de 3,2%, enquanto nas comunidades e favelas chega a 12,0%. Essa presença é comparável à de estabelecimentos comerciais, que têm uma instalação mais ágil e menos dependente do poder público.

Implicações e Contexto

Os dados do Censo 2022 confirmam a percepção de que a religião é um elemento estruturante na vida das periferias urbanas. Embora a literatura acadêmica frequentemente associe a presença religiosa a um controle social, a realidade é mais complexa. A atuação das organizações religiosas vai além da espiritualidade, contribuindo para a construção de laços comunitários e formas de cuidado cotidiano.

A pesquisa sugere que a maioria dos estabelecimentos religiosos provavelmente pertence ao campo evangélico, com cerca de 80% das organizações religiosas registradas no Brasil sendo evangélicas, e metade delas de vertentes pentecostais. Esses dados reforçam a importância da religião como um fenômeno social que molda a vida nas comunidades, evidenciando sua relevância em um contexto de desigualdade e vulnerabilidade.

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