Fim do ‘The Late Show’ gera polêmica política nos Estados Unidos

O programa de entrevistas The Late Show, apresentado por Stephen Colbert, foi cancelado pela CBS após mais de três décadas no ar. A decisão, anunciada recentemente, foi justificada pela emissora como uma medida “puramente financeira”. No entanto, a situação é mais complexa.

O cancelamento ocorreu após a Paramount, controladora da CBS, firmar um acordo de 16 milhões de dólares em um processo movido por Donald Trump. O ex-presidente alega que uma entrevista com Kamala Harris, sua adversária nas eleições de 2024, foi “enganosamente editada” para favorecer a vice-presidente. Colbert, ao criticar a decisão da emissora, afirmou que a CBS se curvou à pressão do presidente, sem respeitar os trâmites legais.

Trump, por sua vez, reagiu com ironia ao cancelamento. Em suas palavras, “Adorei que ele tenha sido demitido. Seu talento era ainda menor que a audiência”. A situação gerou um intenso debate sobre a liberdade de expressão na televisão e a influência política sobre a mídia.

O impacto do cancelamento de The Late Show se estende além da programação da CBS, levantando questões sobre a autonomia das emissoras diante de pressões externas. A decisão também pode sinalizar um novo padrão na relação entre a política e o entretenimento, especialmente em um cenário onde a polarização política se intensifica.