27 de jul 2025
‘WhatsApp chavista’ espalha desinformação e ódio na Venezuela através de aplicativo
Governo venezuelano intensifica campanha de desinformação contra Javier Milei, visando deslegitimar líderes opositores e fortalecer Maduro.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, durante comício em Caracas (Foto: Pedro Rances Mattey / AFP)
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O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela emitiu uma ordem de prisão contra o presidente argentino Javier Milei, acusando-o de roubo de um avião venezuelano-iraniano retido em Buenos Aires. A medida, anunciada em setembro do ano passado, desencadeou uma campanha de desinformação orquestrada pelo governo venezuelano.
A ofensiva, coordenada pelo Ministério do Poder Popular para a Comunicação e Informação da Venezuela, utilizou um aplicativo estatal chamado Siscom, que funciona como uma plataforma de mensagens para disseminar conteúdos alinhados ao regime. O vice-ministro de Comunicação, Johannyl Rodríguez, enviou instruções para amplificar a narrativa contra Milei nas redes sociais, incluindo a criação de memes e vídeos.
O aplicativo, que já conta com mais de 10 mil downloads, articula cerca de 600 grupos de apoio ao governo, promovendo campanhas de desinformação e discurso de ódio. Segundo um relatório, a Comissão de Agitação, Propaganda e Comunicação do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) é responsável pela maioria das ações, que incluem ataques a líderes opositores e figuras internacionais.
Além de Milei, o governo venezuelano mirou outros líderes, como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente de El Salvador, Nayib Bukele. As campanhas de desinformação se intensificam em períodos eleitorais, com o objetivo de fortalecer a imagem de Nicolás Maduro e deslegitimar opositores.
A estratégia inclui a criação de pesquisas falsas e a manipulação de informações para favorecer o regime. Após as eleições regionais de maio, Maduro celebrou a vitória do chavismo, apesar das denúncias de irregularidades. A máquina de propaganda do Siscom continua ativa, buscando silenciar vozes dissidentes e reforçar a narrativa do governo.
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