Ataques a civis no Equador resultam em 14 mortos e geram comoção nacional

Dois ataques armados em El Empalme, no Equador, resultaram na morte de pelo menos 14 pessoas, incluindo uma criança de 12 anos. Os incidentes ocorreram em um local frequentado por civis, refletindo a crescente violência ligada ao narcotráfico no país. O presidente Daniel Noboa declarou, em janeiro de 2024, guerra ao crime organizado, caracterizando a situação como um conflito armado interno.

Os ataques, ocorridos no último domingo, foram perpetrados por homens armados que chegaram em duas caminhonetes e dispararam contra os presentes em uma loja de bebidas. O major Óscar Valencia, chefe da polícia local, confirmou que os agressores utilizaram pistolas e fuzis, atingindo indiscriminadamente os civis. A brutalidade do ato evidencia a disputa acirrada entre facções criminosas na região.

Contexto de Violência

O Equador enfrenta uma escalada alarmante de violência, com uma taxa de homicídios que alcançou 38 por 100 mil habitantes em 2024. Apesar de uma queda de 15% nos assassinatos reportada pelo governo, dados recentes indicam um aumento de 47% nos homicídios nos primeiros seis meses de 2025. O país se tornou um dos mais violentos da América do Sul, com 4.619 mortes violentas registradas.

As autoridades estão sob pressão para lidar com a situação, que se agravou com a presença de grupos armados disputando rotas de tráfico de drogas. A Assembleia Nacional aprovou reformas legais que ampliam os poderes do Executivo, mas essas medidas geram preocupações sobre possíveis abusos e execuções sumárias.

Desdobramentos e Reações

Os ataques em El Empalme se somam a uma série de massacres que têm atingido comunidades em todo o país. Apenas uma semana antes, um ataque similar em Playas resultou na morte de onze jovens. A violência descontrolada tem gerado um clima de medo, com a população clamando por segurança e proteção. As investigações sobre as motivações por trás dos ataques estão em andamento, mas a situação continua crítica, refletindo a luta intensa entre facções criminosas no Equador.