Brasileira é detida na Itália por suspeita de atropelar e matar padrasto

A brasileira Ariane Bezerra da Silva, de 31 anos, foi presa no último sábado (26) na Itália, sob suspeita de envolvimento no planejamento da morte de seu padrasto, Fabio Ravasio, de 52 anos. O atropelamento de Ravasio ocorreu em agosto de 2022, enquanto ele andava de bicicleta em Parabiago, na província de Milão. A mãe de Ariane, Adilma Pereira Carneiro, de 50 anos, já se encontra detida, acusada de ter arquitetado o crime para obter acesso aos bens do comerciante, avaliados em 3 milhões de euros.

A prisão de Ariane foi motivada por declarações de um dos réus, que afirmou que ela buscava alguém para matar Ravasio antes do atropelamento. A investigação, conduzida pelo Ministério Público de Busto Arsizio, revelou que Adilma teria contado com a ajuda de outros sete cúmplices para simular um acidente. Adilma nega as acusações.

Revelações do Caso

Ariane foi encaminhada para um presídio em Como. Além dela, Igor Benedito, de 27 anos, outro filho de Adilma, também é réu no caso. Recentemente, Igor confessou ter participado do atropelamento e afirmou que sua mãe estava envolvida. Ele relatou ter sido pressionado por Adilma a dirigir o carro usado no crime e a mentir em seu depoimento inicial.

Adilma, que reside na Itália há cerca de 20 anos, já cumpriu pena por tráfico internacional de drogas e é investigada por outro caso de homicídio, o de seu ex-companheiro Michele Della Malva, ocorrido em 2011. A imprensa local apelidou Adilma de "louva-a-deus de Parabiago", em alusão ao inseto que mata o macho após o acasalamento, refletindo a gravidade das acusações que enfrenta. O processo judicial segue em andamento, com desdobramentos que prometem continuar a atrair atenção.