28 de jul 2025
Comissão de Ética pune ex-ministro por envolvimento no escândalo das joias sauditas
Bento Albuquerque é punido com censura ética por irregularidades no caso das joias da Arábia Saudita, enquanto Jair Bolsonaro enfrenta indiciamento.

Bento Albuquerque tentou reaver joias apreendidas pela Receita no aeroporto de Guarulhos (Foto: Arquivo)
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A Comissão de Ética Pública da Presidência aplicou uma censura ética ao ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em decorrência do caso das joias da Arábia Saudita. A decisão, tomada por cinco votos a um, foi anunciada nesta segunda-feira, 28, e será registrada no histórico funcional de Albuquerque, impactando suas futuras oportunidades no serviço público.
O escândalo remonta a 2021, quando Albuquerque liderou uma comitiva que trouxe joias de luxo ao Brasil, supostamente destinadas à então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. As peças, que incluíam um kit de diamantes, foram apreendidas pela Receita Federal por não terem sido declaradas, o que contraria a legislação que exige declaração para itens acima de R$ 1 mil. O ex-ministro alegou que as joias eram presentes, mas não conseguiu liberar os itens retidos.
Desdobramentos do Caso
Além de Albuquerque, outros dois ex-integrantes do governo, Júlio César Vieira Gomes e Marcelo da Silva Vieira, foram investigados, mas não receberam punições. A censura ética imposta a Albuquerque terá validade de três anos e pode afetar sua carreira no serviço público. O ex-ministro não se manifestou sobre a decisão até o momento.
O caso das joias também levou ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 11 pessoas pela Polícia Federal em 2024. As acusações incluem lavagem de dinheiro, associação criminosa e peculato. A investigação, que ainda está em andamento, analisa a comercialização ilegal das joias nos Estados Unidos, além de possíveis desvios de bens públicos.
A situação continua a gerar repercussões na política brasileira, refletindo a complexidade das relações entre ética pública e administração governamental. A Comissão de Ética busca garantir a integridade no serviço público, e a punição a Albuquerque é um passo nesse sentido.
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