28 de jul 2025
General é acusado de planejar assassinato de Lula e Moraes após traição familiar
General Mário Fernandes admite autoria de plano para assassinar figuras políticas e gera desconfiança após depoimento no STF.

O então presidente da República, Jair Bolsonaro, é cumprimentado pelo comandante de Operações Especiais, o general Mário Fernandes, na sede do COpEsp, em Goiânia (Foto: Isac Nóbrega/PR)
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Quando o general Mário Fernandes depôs no Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu a autoria do Plano Punhal Verde e Amarelo, que visava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Durante seu depoimento, ele alegou que o plano era apenas um "pensamento digitalizado" e que se arrependeu de sua criação. No entanto, sua versão foi amplamente desacreditada.
Fernandes admitiu ter impresso o plano no Palácio do Planalto, mas afirmou que rasgou os documentos logo em seguida. A justificativa de que imprimiu três cópias por erro da impressora gerou desconfiança e risadas entre seus colegas. A situação revela um contexto mais amplo, envolvendo a influência de grupos militares e a política brasileira.
A história de Fernandes se entrelaça com a de outros generais, como Carlos Alberto Pimentel, que também esteve no centro de uma crise militar em 2022. Os Pimentel, conhecidos por sua formação em Forças Especiais, tiveram papéis significativos em eventos que culminaram em tentativas de golpe. A conexão entre esses militares e o bolsonarismo é evidente, com muitos buscando oportunidades de ascensão política.
O general Mário Fernandes, que se sentiu injustiçado por não ter sido promovido a general de divisão, começou a se movimentar no cenário político, buscando apoio entre antigos colegas e simpatizantes do bolsonarismo. Ele tentou mobilizar forças militares para impedir a posse de Lula, propondo um golpe ao novo comandante do Exército, Júlio César de Arruda, que negou ter recebido tal proposta.
Após a tentativa de golpe em 8 de janeiro, mudanças significativas ocorreram no comando do Exército, com a saída de Pimentel e Dutra. As investigações da Polícia Federal revelaram a participação de oficiais em ações clandestinas, como a vigilância da casa do ministro Moraes. O ambiente militar, marcado por tensões e divisões, busca agora reconstruir suas relações com o poder civil, enquanto os desdobramentos do caso de Mário Fernandes continuam a impactar a instituição.
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