28 de jul 2025
PT e União Brasil disputam presidência dos Correios em meio a indefinições
Fabiano Silva dos Santos deixa os Correios em meio a crise financeira, enquanto partidos disputam sucessão e governo busca solução urgente.

Presidentes do PT, Edinho Silva (à esquerda), e do Senado, Davi Alcolumbre (à direita) — Foto: Edilson Dantas e Cristiano Mariz
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Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios desde fevereiro de 2023, pediu demissão por motivos de saúde em 4 de julho. A decisão ocorre após atritos com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em meio a prejuízos crescentes na estatal. Fabiano aguarda a confirmação de sua saída, enquanto a disputa por seu sucessor se intensifica entre os partidos União Brasil e PT.
A situação financeira dos Correios é crítica, com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no ano passado e R$ 1,7 bilhão apenas no primeiro trimestre de 2023. A direção da empresa alertou que será difícil fechar as contas sem um aporte da União, estimando que R$ 4 bilhões serão necessários para garantir o funcionamento da estatal em 2026. O governo, no entanto, enfrenta limitações fiscais e ainda não definiu um plano de socorro.
Disputa pela Sucessão
A saída de Fabiano abre espaço para uma intensa disputa entre União Brasil e PT para indicar seu sucessor. Atualmente, as diretorias da empresa estão divididas entre os dois partidos. Juliana Picoli Agatte, diretora de governança e com histórico no PT, é vista como uma forte candidata. Ela poderia se tornar a primeira mulher a presidir a estatal. Do lado do União Brasil, Hilton Rogério Maia Cardoso, diretor de negócios, é considerado um nome de confiança do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Além disso, José Rorício Júnior, atual diretor de administração, também é mencionado como possível sucessor, embora tenha negado interesse na presidência. A escolha do novo presidente é urgente, já que o mandato de Fabiano termina em 6 de agosto. Sem uma definição, o conselho de administração terá que decidir sobre sua recondução.
Desafios Futuros
O próximo presidente enfrentará o desafio de administrar um empréstimo de R$ 4 bilhões obtido junto ao Novo Banco de Desenvolvimento, destinado a projetos de descarbonização e reestruturação logística. A nova direção precisará estar alinhada com a Casa Civil e implementar cortes de despesas, algo que Fabiano resistiu a fazer. A pressão por uma solução rápida é crescente, especialmente com a deterioração da situação financeira da empresa.
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