Trump critica Israel e expressa desacordo sobre a fome em Gaza

Em uma declaração feita na Escócia nesta segunda-feira (28), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por afirmar que não há fome na Faixa de Gaza. Trump destacou que as imagens de crianças desnutridas contradizem essa afirmação, ressaltando a gravidade da crise humanitária na região.

O conflito em Gaza se intensificou desde outubro de 2023, resultando em um cerco severo e restrições à entrada de suprimentos. Durante uma pausa humanitária de 10 horas, Netanyahu reiterou que não há "política de fome" em Gaza, enquanto Trump se preparava para discutir ajuda humanitária com o premiê britânico, Keir Starmer. O presidente americano também expressou ceticismo sobre a possibilidade de o Hamas libertar os reféns israelenses, alegando que eles estão sendo usados como "escudo humano".

A situação humanitária em Gaza é alarmante, com a ONU relatando que mais de 100 mil dos 2,1 milhões de habitantes enfrentam desnutrição aguda. O Programa Mundial de Alimentos alertou que a população local está em níveis críticos de insegurança alimentar. Em resposta à pressão internacional, Israel anunciou a criação de novos corredores humanitários e pausas diárias nas operações militares para facilitar a entrega de ajuda.

Caminhões com suprimentos começaram a entrar em Gaza a partir do Egito, e a ONU criticou a inação da comunidade internacional diante do sofrimento dos palestinos. Apesar das medidas de Israel, ataques aéreos continuam a ocorrer, como o que atingiu um prédio residencial em Gaza, mesmo durante uma pausa humanitária. As organizações de direitos humanos, como B'Tselem e Médicos pelos Direitos Humanos, acusam Israel de genocídio, afirmando que as políticas israelenses contribuem para a destruição da sociedade palestina.