Agente da PF confessa ter feito segurança de Moraes e revela ser 'fã' do ministro

BRASÍLIA - O agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares, réu em um caso de suposto plano golpista, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 28. Ele é acusado de fornecer informações sensíveis sobre a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a militares que tramavam um plano para assassiná-lo.

Durante seu depoimento, Soares afirmou que era fã do ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, e que estudou direito com base em um de seus livros. Ele também revelou ter trabalhado na segurança pessoal de Moraes durante as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Soares de ter colaborado com um grupo que planejava desestabilizar o governo atual. Os documentos apresentados indicam que ele forneceu informações sobre a equipe de segurança de Lula a integrantes do governo de Jair Bolsonaro, com o intuito de apoiar a organização criminosa.

O caso levanta questões sobre a segurança do presidente e a atuação de agentes da lei em situações de grave ameaça à democracia. A investigação continua, e novos desdobramentos são esperados à medida que o processo avança no STF.