29 de jul 2025
Governadores de direita adotam posturas divergentes antes do tarifaço de impostos
Governadores de direita se dividem em resposta ao tarifaço dos EUA, com críticas internas intensificadas e propostas variadas para mitigar impactos.

Governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO) e Romeu Zema (Novo-MG) (Foto: Célio Messias/Governo de São Paulo)
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Governadores de direita estão se dividindo em suas reações ao tarifaço anunciado pelo governo dos EUA, que entrará em vigor em 1º de agosto. A situação se intensificou após uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, onde críticas surgiram, especialmente de Eduardo Bolsonaro, a governadores que tentam negociar a questão.
Entre os governadores que se alinham com Jair Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, defendem uma abordagem de diálogo com o governo Trump. Tarcísio, por exemplo, anunciou um pacote de ajuda de R$ 1 bilhão para exportadores paulistas afetados. Ele criticou a divisão promovida por alguns, afirmando que é necessário agir de forma madura para evitar prejuízos ao Brasil.
Eduardo Bolsonaro se manifestou contra a postura de seus colegas, afirmando que é hora de "tirar os adultos da sala". Sua crítica se estendeu à comitiva de senadores que visitou os EUA, com a intenção de dificultar o diálogo com Trump. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também criticou a atuação de Eduardo, sugerindo que sua postura cria problemas para a direita.
Divergências e Propostas
Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, tem se concentrado em criticar o governo Lula, propondo uma linha de crédito para mitigar os efeitos do tarifaço. Ele se distanciou das críticas de Eduardo, enquanto outros, como o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), buscam entender melhor os impactos financeiros da medida.
Ratinho Jr. minimizou a relação entre o tarifaço e Bolsonaro, afirmando que a questão comercial entre Brasil e EUA é mais importante. Ele também anunciou uma linha de crédito emergencial de até R$ 400 milhões para empresas afetadas. Já o governador gaúcho Eduardo Leite (PSD) criticou a atuação de Eduardo, chamando-a de "imperdoável", mas se uniu aos demais governadores nas críticas a Lula.
A situação revela um cenário complexo para os governadores de direita, que enfrentam o desafio de se posicionar em relação ao tarifaço sem se distanciar de Bolsonaro. A divisão interna pode ter repercussões significativas nas eleições de 2026, à medida que os governadores tentam equilibrar suas alianças políticas e as necessidades econômicas de seus estados.
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