29 de jul 2025
UE se rende às pressões econômicas de Trump e altera suas estratégias comerciais
Acordo entre a União Europeia e os Estados Unidos gera polêmica ao comprometer bilhões em compras de energia e investimentos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, este domingo no campo de golfe de Trump em Turnberry, Escócia. (Foto: Andrew Harnik/Getty Images)
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A União Europeia (UE) enfrenta um momento crítico após a assinatura de um acordo com os Estados Unidos, em 27 de julho de 2025. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comprometeu-se a comprar 750 bilhões de dólares em energia dos EUA e a investir 600 bilhões de dólares em território americano. O evento ocorreu em um clube de golfe no Reino Unido, o que gerou críticas sobre a humilhação da UE.
O acordo, considerado desigual, prevê um aumento dos arancelos impostos pelos EUA sobre produtos europeus, que subirão de 2% para 15%, sem reciprocidade. Embora Washington tenha concedido algumas isenções, estas se aplicam apenas a produtos essenciais, como as máquinas da ASML, que produzem chips eletrônicos. A situação levanta questões sobre a estratégia da UE em relação à sua soberania econômica.
A promessa de von der Leyen de comprar energia dos EUA e investir em sua economia foi vista como uma rendição às demandas de Donald Trump. Especialistas alertam que isso pode resultar em sanções se a UE não cumprir os compromissos. O chanceler da Alemanha expressou otimismo, mas críticos apontam que a Comissão Europeia deveria priorizar investimentos dentro da própria Europa.
A França já se manifestou contra o acordo, questionando a legitimidade de von der Leyen em assumir tais compromissos em nome da UE. A situação evidencia a fragilidade da posição europeia nas negociações comerciais e a necessidade de uma estratégia mais robusta para proteger os interesses do bloco.
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