30 de jul 2025
Deputada é investigada pela PF por uso de clubes de Roraima em autopromoção
Polícia Federal investiga Samir Xaud e Helena da Asatur por compra de votos em Roraima; R$ 10 milhões foram bloqueados.

O presidente da CBF Samir Xaud entre a deputada Helena da Asatur e o marido dela Renildo Lima: alvos de operação da Polícia Federal (Foto: Reprodução / Instagram Helena da Asatur)
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O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, e a deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR) estão sendo investigados pela Polícia Federal por suspeitas de compra de votos em Roraima. A operação, que ocorreu na quarta-feira, 30 de setembro, resultou em mandados de busca e apreensão em diversos locais, incluindo a sede da CBF e endereços no Rio de Janeiro. Durante a ação, foram bloqueados R$ 10 milhões nas contas dos investigados.
A investigação se intensificou após a prisão de Renildo Lima, marido da deputada, que foi flagrado com R$ 500 mil em espécie, parte do dinheiro encontrado em sua cueca. A operação, denominada Caixa Preta, também resultou na detenção de outras cinco pessoas, incluindo dois policiais militares. A relação entre Xaud e Renildo é central na apuração.
Controvérsias e Patrocínios
Helena da Asatur já enfrentou críticas por sua atuação no futebol roraimense, onde promoveu sua imagem em clubes locais, como o Grêmio Atlético Sampaio (GAS). O time, que se tornou um dos principais do estado, estampou o nome da deputada em suas camisas, o que pode configurar abuso de poder econômico. A legislação eleitoral proíbe o uso de patrocínios para promover figuras políticas.
A deputada defende que o patrocínio se limita à exposição das marcas de suas empresas, mas a prática gerou polêmica. O Atlético Roraima, outro clube patrocinado pela Asatur, também exibiu o nome de Helena em sua camisa. Após a repercussão negativa, o clube retirou a publicidade, mas a prática de associar nomes de políticos a equipes esportivas persiste.
Reações e Declarações
A CBF se manifestou, afirmando que a operação não tem relação com a entidade e que Samir Xaud não é o foco das investigações. A deputada e seu marido ainda não comentaram oficialmente sobre a operação. A investigação começou após denúncias sobre compra de votos em Boa Vista, capital de Roraima, e a situação continua a se desdobrar, com a Polícia Federal aprofundando suas apurações.
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