Justiça americana desiste de acusações contra a Fat Brands e seu presidente

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos decidiu desistir das acusações contra a Fat Brands e seu presidente, Andy Wiederhorn, que haviam sido indiciados em maio de 2024 por fraude e evasão fiscal. As alegações envolviam um esquema de empréstimos fraudulentos que teria gerado US$ 47 milhões para Wiederhorn. A decisão foi anunciada após mudanças na administração do departamento e denúncias de uma campanha de difamação contra o promotor responsável pelo caso.

Wiederhorn, que sempre manteve sua inocência, já havia enfrentado condenações anteriores por crimes fiscais, incluindo uma sentença de mais de um ano de prisão. Após a desistência das acusações, ele expressou seu desejo de focar no crescimento da Fat Brands, que possui marcas como Fatburger, Johnny Rockets e Great American Cookies. As ações da empresa reagiram positivamente, subindo 7% após a notícia.

Mudanças na Administração

A reversão das acusações ocorre em um contexto de mudanças significativas no Departamento de Justiça, especialmente após a demissão de Adam Schleifer, o promotor que liderava o caso. Schleifer alegou que sua saída foi resultado de uma campanha de difamação orquestrada por Wiederhorn. Apesar da desistência das acusações criminais, a Fat Brands e Wiederhorn ainda enfrentam um processo civil separado da Comissão de Valores Mobiliários (SEC), relacionado ao mesmo comportamento que gerou as acusações do DOJ.

Além disso, os promotores também solicitaram a dispensa de outras acusações contra Wiederhorn, incluindo a posse de arma de fogo e munição, que estavam ligadas à sua condição de ex-felônio. A Fat Brands, que doou US$ 100 mil para o fundo de inauguração de Donald Trump, continua sob os holofotes enquanto busca se recuperar das controvérsias legais.