30 de jul 2025
Racha no PCC: Tiriça e Vida Loka se opõem a Marcola em disputa interna
Racha no PCC expõe rivalidade interna e ameaça a estrutura da facção, com ex aliados de Marcola criticando sua liderança.

Durante os ataques de maio de 2006, o PCC tomou o controle de 94 presídios em São Paulo. Na foto, Penitenciária de Junqueirópolis. (Foto: Alex Silva/Estadão)
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O Primeiro Comando da Capital (PCC) enfrenta uma crise interna, com um racha na cúpula que opõe o líder histórico Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, a antigos aliados. Recentemente, Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, e outros membros como Roberto Soriano, o Tiriça, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, criticaram Marcola, acusando-o de fraqueza e delação.
O conflito se intensificou durante os julgamentos de Vida Loka e Tiriça, onde ambos dispararam críticas ao líder. Vida Loka, condenado a mais de 70 anos, declarou que Marcola é um "cagueta" e "covarde". Tiriça, por sua vez, também se juntou às acusações, afirmando que Marcola mente para se beneficiar. Os três ex-aliados agora se veem como "expulsos" do PCC e estão sob ameaça de morte.
Acusações e Consequências
As condenações de Tiriça e Andinho são severas. Tiriça recebeu 44 anos e oito meses pela morte de um agente penitenciário e 31 anos e seis meses pela execução de uma psicóloga. Andinho, com mais de 700 anos de pena, é acusado de ser o mentor de diversos sequestros. A tensão entre eles e Marcola se reflete em áudios que circulam, onde Marcola se defende e critica seus ex-aliados.
Além disso, Vida Loka, que já foi um dos principais braços direitos de Marcola, teve um papel crucial na formação da cúpula do PCC. Ele também é conhecido por sua brutalidade e por ter ordenado execuções enquanto estava preso. A situação atual revela uma facção em desordem, com disputas internas que podem impactar sua operação em 28 países, incluindo Turquia e Japão.
O Futuro do PCC
O racha na liderança do PCC pode ter consequências significativas para a organização criminosa. A divisão entre Marcola e seus ex-aliados indica uma fragilidade na estrutura hierárquica do grupo. Com a crescente pressão das autoridades e a rivalidade interna, o futuro do PCC se torna incerto, enquanto os membros buscam consolidar seu poder em um ambiente cada vez mais hostil.
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