Alemanha impede sanções da UE contra Israel em meio a tensões políticas
Alemanha enfrenta pressão interna e internacional para agir em Gaza, enquanto chanceler endurece discurso contra Israel sem reconhecer a Palestina.

Palestinos, à beira da inanição devido aos ataques e ao bloqueio do exército israelense, se reúnem em um ponto de distribuição de ajuda no Corredor Netzarim para acessar um suprimento limitado de farinha na Faixa de Gaza, nesta quarta-feira. (Foto: Anadolu via Getty Images)
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A Alemanha enfrenta um dilema em sua política externa em relação ao conflito israelo-palestino, especialmente após a escalada da violência em Gaza. O chanceler Friedrich Merz endureceu seu discurso contra Israel, mas ainda resiste a reconhecer a Palestina. A Comissão Europeia propôs sanções a Israel, mas a aprovação depende do apoio alemão, que até agora não se comprometeu com ações concretas.
Merz, que assumiu o cargo há quase três meses, enfatiza a importância de manter canais de comunicação abertos com Israel. Seu ministro das Relações Exteriores, Johann Wadephul, planeja uma visita à região. A Alemanha, devido ao seu histórico com o Holocausto, considera a defesa de Israel uma "razão de Estado", conforme afirmado pela ex-chanceler Angela Merkel. Após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de mais de mil israelenses, o apoio a Israel se intensificou.
Pressão Interna e Internacional
A pressão sobre o governo alemão aumenta, com a opinião pública reagindo às imagens de sofrimento em Gaza. Merz, embora tenha endurecido seu tom, ainda não descarta a possibilidade de futuras medidas. Ele afirmou que não reconhecerá a Palestina "agora", mas não critica os países que já tomaram essa decisão, como França e Reino Unido, que planejam reconhecer o Estado palestino se Israel não buscar um cessar-fogo.
A Comissão Europeia identificou que Israel não cumpre os compromissos de direitos humanos do Acordo de Associação com a UE. A proposta de sanção inclui a suspensão parcial da participação de Israel no programa Horizon Europe. Apesar de alguns países estarem dispostos a apoiar a medida, a Alemanha não se posicionou claramente a favor.
Desafios para a Alemanha
A frustração entre os membros da UE cresce devido à falta de ajuda humanitária em Gaza. O governo alemão, que busca acabar com o sofrimento da população civil, enfrenta críticas por sua inação. Merz declarou que a Alemanha adaptará sua posição conforme os acontecimentos, mas até o momento, não tomou medidas decisivas.
A influência da Alemanha é crucial para qualquer ação da UE contra Israel. Embora outros países, como Hungria e República Checa, também se oponham a críticas a Israel, a Alemanha se destaca como um aliado leal. A situação em Gaza continua a exigir uma resposta mais firme, enquanto a comunidade internacional observa atentamente as ações de Berlim.
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