Juízes de imigração demitidos processam o Departamento de Justiça de Trump

Recentemente, 50 juízes de imigração dos EUA foram demitidos sem aviso prévio, em meio a um sistema judicial sobrecarregado com mais de três milhões de casos pendentes. A administração Trump, que tem promovido uma política de deportação agressiva, é acusada de pressionar para acelerar esses processos.

Os juízes demitidos afirmam que suas demissões são resultado de retaliação política e denunciam a erosão das instituições legais. A demissão foi comunicada por meio de um breve e-mail, sem justificativas. Juízes como Jennifer Peyton, que atuou em Chicago, relataram que receberam a notícia enquanto estavam de férias, sem nunca terem enfrentado ações disciplinares.

A situação é alarmante, com juízes relatando pressão para descartar casos de imigração, o que pode levar à detenção de migrantes fora do tribunal. Carla Espinoza, outra juíza, recebeu um aviso de que seu período probatório não seria efetivado, após tomar decisões que contrariaram a administração. Ela acredita que sua demissão pode estar ligada a pressões políticas e discriminação.

Além dos juízes, Erez Reuveni, ex-advogado do Departamento de Justiça, também foi demitido após afirmar que um imigrante havia sido deportado injustamente. Ele denunciou manipulações políticas para acelerar deportações, destacando que a pressão sobre os juízes está se intensificando.

A união que representa os juízes confirmou que cerca de 50 juízes foram demitidos, enquanto outros enfrentam transferências ou aposentadorias forçadas. O clima de incerteza e medo permeia o ambiente, com juízes temendo represálias por suas decisões. A situação atual levanta preocupações sobre a integridade do sistema judicial de imigração nos EUA.