Boiler Room desiste de evento em São Paulo após boicotes pró-Palestina
Boiler Room cancela evento em São Paulo após ameaças de segurança e boicotes, refletindo tensões globais na música eletrônica

Evento Boiler Room x Ballantine's Beirut - Divulgação (Foto: Reprodução)
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A Boiler Room, plataforma britânica de música eletrônica, cancelou seu evento em São Paulo, agendado para esta sexta-feira, 1º de setembro. A decisão foi tomada devido a ameaças de segurança e boicotes promovidos por grupos como Ravers for Palestine, que se opõem à empresa após sua aquisição pela Supersctruct Entertainment, ligada ao fundo KKR, com investimentos em empresas israelenses.
O evento, que teria capacidade para 6.000 pessoas, contaria com DJs brasileiros como Alírio, Delcu, d.silvestre, Koka e Tiago Martins. No entanto, todos os artistas, exceto Koka, já haviam cancelado suas participações. A organização da Boiler Room informou que a segurança dos participantes era a prioridade, levando à decisão de cancelar o evento. O reembolso dos ingressos será realizado.
Motivos do Cancelamento
Nas últimas semanas, perfis nas redes sociais se mobilizaram contra a realização do evento, unindo forças com grupos brasileiros como Nação Rebolation 69 e Boicote Boiler Room Brasil. Um ato de protesto estava previsto para ocorrer na frente do espaço Arca, onde o evento seria realizado. Este cancelamento em São Paulo segue um padrão, já que um evento similar na Califórnia também foi suspenso devido a boicotes.
A Supersctruct Entertainment, adquirida pela KKR em junho de 2022 por cerca de € 1,3 bilhão, possui um portfólio diversificado, incluindo mais de 50 festivais, como o Sónar, que também enfrentou boicotes. A Boiler Room, em março, declarou seu apoio à causa palestina e afirmou seguir as diretrizes do movimento BDS (Boicote, Desenvolvimento e Sanções), que há 20 anos promove boicotes a Israel. Apesar disso, grupos como Ravers for Palestine continuam a exigir o boicote à plataforma britânica.
Repercussões e Próximos Passos
O cancelamento do evento em São Paulo é um reflexo das tensões atuais em torno da Boiler Room, que já enfrenta desafios em outros locais, como Detroit e Londres, onde eventos futuros também estão sob ameaça de boicote. A situação evidencia a crescente intersecção entre música, política e ativismo social, destacando como eventos culturais podem ser impactados por questões globais.
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