Eagle reafirma recusa em vender Botafogo a Textor e gera impasse na SAF
John Textor busca recomprar a SAF do Botafogo, mas enfrenta resistência da Eagle Football Holdings e um impasse judicial complexo

John Textor, dono da SAF do Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
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A disputa pela Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo se intensifica com a tentativa de recompra por John Textor, que conta com o apoio do empresário grego Evangelos Marinakis. A Eagle Football Holdings, que detém 90% das ações da SAF, condiciona a venda à saída de Textor do comando, alegando conflito de interesses.
Os antigos sócios de Textor, que romperam relações após problemas financeiros no Lyon, não se opõem à venda, mas não aceitam que ele permaneça à frente da operação. A preocupação é que, como comprador e vendedor, Textor possa desvalorizar o clube para adquirir a SAF a um preço inferior. A Eagle já comunicou que só negociará se Textor deixar o cargo.
Em resposta, Textor criou uma nova empresa nas Ilhas Cayman, chamada Eagle Football Group, para levantar recursos e tentar adquirir o Botafogo. Nos bastidores, a Eagle considera que a melhor alternativa seria negociar com um terceiro interessado, mas a complexidade do cenário judicial torna essa opção improvável a curto prazo.
Conflito Judicial
A situação se complica ainda mais com a decisão da 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que congelou temporariamente qualquer mudança no controle da SAF, mantendo Textor no comando. Essa decisão foi motivada por empréstimos feitos por Textor em nome da Eagle, que resultaram em uma dívida de 23 milhões de euros.
O conflito entre Textor e seus ex-sócios se agravou após o rebaixamento do Lyon na segunda divisão do Campeonato Francês, o que levou à exigência de uma injeção de 100 milhões de euros no clube. Todos os acionistas, exceto Textor, se mobilizaram para levantar o montante, selando a ruptura definitiva.
Atualmente, a gestão de Textor na SAF está garantida pela Justiça, mas o futuro do Botafogo permanece incerto. A Eagle não aceita vender enquanto ele estiver no poder, enquanto Textor se recusa a sair. O clube associativo, que mantém aliança com Textor, também não deseja sua saída, complicando ainda mais a resolução do impasse.
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