01 de ago 2025
Moraes critica milícias e destaca coragem na abertura dos trabalhos do STF
Alexandre de Moraes denuncia bolsonaristas como "organização criminosa miliciana" e reafirma compromisso com a defesa da democracia e da Justiça

Ministro Alexandre de Moraes discursa na retomada dos trabalhos do STF neste 2º semestre de 2025. (Foto: Antonio Augusto/STF)
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), denunciou nesta sexta-feira, 1º, a atuação de bolsonaristas que buscam sanções internacionais contra o Brasil, classificando-os como parte de uma "organização criminosa miliciana". As declarações foram feitas durante a abertura dos trabalhos do STF no segundo semestre de 2023, em resposta a ataques e tentativas de deslegitimar sua atuação desde a tentativa de golpe de Estado em 2022.
Moraes afirmou que não se deixará intimidar e continuará a trabalhar nas investigações relacionadas à tentativa de golpe. Ele destacou que, apesar do avanço das apurações, há bolsonaristas que intensificam as ameaças nas redes sociais, acreditando que podem coagi-lo. "Estão lidando com ministros da Suprema Corte brasileira", enfatizou o ministro, referindo-se a figuras como o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo, que atuam fora do Brasil.
Apoio do STF
O ministro recebeu apoio de outros membros do STF, incluindo o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e o decano, Gilmar Mendes. Barroso elogiou a "bravura" de Moraes na condução dos processos relacionados à tentativa de golpe, ressaltando a importância de uma atuação firme e rigorosa dentro do devido processo legal. Gilmar Mendes também defendeu Moraes, afirmando que sua atuação é fundamental para a defesa da democracia e criticou os ataques à soberania brasileira como ações de "radicais inconformados" com a derrota política nas eleições de 2022.
Moraes alertou que as tentativas de obstrução à Justiça, promovidas por brasileiros em favor de interesses estrangeiros, visam substituir o devido processo legal por ações que beneficiem indivíduos que se consideram acima da Constituição. Ele reiterou que a pressão não terá efeito e que o STF continuará a agir em defesa da democracia e das instituições.
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