01 de ago 2025
Trump tenta influenciar instituições brasileiras em ataque frontal à democracia
Trump impõe tarifas de 50% sobre 3.000 produtos brasileiros e sanciona Alexandre de Moraes, intensificando a crise entre os países

ARROGÂNCIA - O autoritário presidente americano: investida direta e inédita contra a Justiça do Brasil, com objetivos declaradamente políticos (Foto: Fatih Aktas/Anadolu/Getty Images)
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O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, anunciou a taxação de 3.000 produtos brasileiros em 50% e impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas, divulgadas na quarta-feira, 30, são justificadas por Trump como uma resposta ao que considera abuso de poder e violação de direitos, vinculando-as ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
As sanções contra Moraes foram aplicadas sob a Lei Magnitsky, que permite a punição de indivíduos envolvidos em crimes graves e que ameaçam a democracia. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que o ministro é responsável por uma "campanha opressiva de censura" e que as ações visam proteger os interesses dos cidadãos americanos. As restrições incluem o bloqueio de bens e contas bancárias, dificultando a vida do ministro em qualquer transação financeira.
As tarifas elevadas, que afetam produtos como suco de laranja e petróleo, foram vistas como uma tentativa de pressionar o Brasil a interromper o processo judicial contra Bolsonaro. O governo brasileiro, por sua vez, reagiu com indignação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a interferência americana como "inaceitável", enquanto o STF reafirmou seu compromisso com a Constituição e o devido processo legal.
A situação gera incertezas econômicas, com o temor de que empresas brasileiras enfrentem dificuldades e empregos sejam perdidos. A diplomacia brasileira, embora tenha tentado estabelecer diálogo com Washington, não conseguiu evitar as sanções. A crise política se intensifica, com a expectativa de um embate no Congresso, onde propostas de anistia e redução de prerrogativas do STF devem ser debatidas.
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