Centro de Segurança de Niterói implementa sistema para detectar disparos de armas

O Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Niterói, que completa dez anos em 15 de outubro, está expandindo suas operações com a implementação do sistema ShotSpotter na Zona Sul. Essa tecnologia, que já opera na Zona Norte há dois meses, é parte da nova fase chamada “Cisp 2.0”, com investimento de R$ 9 milhões.

O ShotSpotter detecta disparos de armas em tempo real, identificando o tipo de armamento utilizado. Os sensores captam os sons, e os dados são processados nos Estados Unidos, chegando ao Cisp em até 60 segundos. Durante a operação inicial, o sistema registrou duas ocorrências significativas na Zona Norte, incluindo uma invasão de facção rival no Morro Boa Vista, resultando em um homicídio.

Inovações Tecnológicas

Além do ShotSpotter, o Cisp está introduzindo câmeras de última geração e inteligência artificial. O sistema, que anteriormente reconhecia apenas fragmentos de placas, agora consegue identificar cores de veículos e comportamentos suspeitos. O diretor do Cisp, Nilson Cunha, destacou que os algoritmos aprendem com os dados, aprimorando suas análises ao longo do tempo.

A nova fase do Cisp também inclui o Cercamento Eletrônico, que já interceptou mais de 650 veículos envolvidos em crimes. O sistema é integrado a um monitoramento contínuo de 522 dispositivos de segurança e 38 portais nas entradas e saídas da cidade, operando 24 horas por dia.

Colaboração e Resultados

Recentemente, membros do Ministério Público visitaram o Cisp para conhecer o ShotSpotter e terão acesso às informações coletadas. O Cisp, criado em 2015, não é apenas um centro de câmeras, mas uma plataforma de integração entre diversas forças de segurança, incluindo a Guarda Municipal e as polícias Civil e Militar.

Com mais de cinco mil imagens e relatórios técnicos enviados a delegacias e ao Judiciário, o Cisp tem contribuído significativamente para a investigação e elucidação de crimes. O investimento inicial para sua construção foi de aproximadamente R$ 20 milhões, com um aporte adicional de R$ 1,4 milhão no ano passado para expandir a conectividade em pontos estratégicos.