Ex-PM é baleado com 15 tiros em frente a boate na Zona Oeste do Rio

Atacado ao chegar a uma boate no Anil, em Jacarepaguá, na madrugada de 28 de julho, o ex-policial militar Pedro Paulo de Lima Andrade sobreviveu a uma nova tentativa de homicídio. Seu estado de saúde é considerado grave, e sua mãe, Leda Andrade, teme que ele possa ficar paraplégico.

Este é o segundo ataque que Pedro Paulo enfrenta. Em 2020, ele foi baleado na nuca, com a bala ainda alojada na face. Na ocasião, ele estava sob custódia no Hospital Municipal Albert Schweitzer, após ser preso por homicídio em março de 2022. O caso envolveu uma briga em uma festa, onde ele alegou legítima defesa, mas foi condenado por posse ilegal de arma.

A condenação resultou em uma pena de três anos e seis meses, substituída por penas restritivas de direitos. Pedro Paulo já havia cumprido 684 dias em regime fechado, restando um ano e seis meses de pena a cumprir. Sua defesa recorreu, mas a sentença foi mantida em segunda instância.

Histórico de Conflitos

Pedro Paulo foi expulso da Polícia Militar em 2015, após ser acusado de disparos com uma arma irregular. A investigação revelou que a pistola utilizada estava montada com partes de armas furtadas. Apesar de ter sido absolvido na esfera criminal, a corporação decidiu pela exclusão, citando sua conduta irregular e desrespeito às normas.

A defesa argumentou que a absolvição criminal deveria garantir sua reintegração, mas a Procuradoria-Geral do Estado sustentou que a decisão administrativa era legítima. O desembargador Edson Vasconcelos reforçou que a punição se baseou na incompatibilidade de Pedro Paulo com as funções de policial militar.

Além disso, sua ficha criminal inclui registros por lesão corporal em casos de violência doméstica, que foram extintos. Os advogados de Pedro Paulo não se manifestaram sobre o novo ataque.