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07 de ago 2025

Famosas compartilham histórias de superação após violência doméstica em agosto lilás

Em 2024, Brasil registra 1.463 feminicídios, evidenciando a urgência de apoio e proteção às vítimas de violência doméstica

Neste Agosto Lilás, mês de enfrentamento à violência contra a mulher, o Brasil volta a encarar números alarmantes. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Neste Agosto Lilás, mês de enfrentamento à violência contra a mulher, o Brasil volta a encarar números alarmantes. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

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Ana Hickmann, Luiza Brunet e Pâmella Holanda são exemplos de mulheres influentes que enfrentaram a violência doméstica. Neste Agosto Lilás, mês de conscientização sobre a violência contra a mulher, o Brasil se depara com dados alarmantes. Em 2024, 1.463 feminicídios foram registrados, o que representa uma média de quatro mortes diárias. Além disso, houve um aumento nas tentativas de feminicídio e nas agressões físicas, patrimoniais e psicológicas.

A criminalista Lorena Pontes, especialista em crimes de gênero, destaca que os casos de celebridades não refletem a realidade da maioria das mulheres. "Quando uma figura pública denuncia, gera um choque, mas milhares sofrem em silêncio, sem apoio", afirma. Ana Hickmann, em novembro de 2023, registrou um boletim de ocorrência contra seu ex-marido por agressão. Luiza Brunet também denunciou seu ex-companheiro após episódios de violência que resultaram em fraturas.

Desafios na Denúncia

Apesar da visibilidade que essas denúncias trazem, muitas mulheres ainda enfrentam dificuldades para romper o ciclo da violência. "Famosas também são desacreditadas, e o medo do julgamento é paralisante", explica Pontes. Embora a Lei Maria da Penha seja uma das mais avançadas do mundo, a falta de estrutura para acolher as vítimas é um grande obstáculo. Dados do CNJ indicam que mais de 45 mil medidas protetivas foram concedidas no primeiro semestre de 2025, mas muitas não são efetivamente fiscalizadas.

A advogada ressalta que a medida protetiva, por si só, não é suficiente. "É necessário oferecer uma rede de apoio real, incluindo moradia, assistência financeira e atendimento psicológico", afirma. Sem essas condições, muitas mulheres acabam retornando aos agressores.

A Importância do Agosto Lilás

O Agosto Lilás, que celebra a sanção da Lei Maria da Penha, deve ir além da conscientização. Para Pontes, é um chamado à ação coletiva. "É hora de responsabilizar os agressores e acolher as vítimas, antes que se tornem mais uma estatística", conclui. Se você ou alguém que conhece está enfrentando violência, é fundamental buscar ajuda. Ligue 180 ou procure a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) mais próxima.

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