VLT ganha proposta de nova linha entre Zona Portuária e São Cristóvão

A prefeitura do Rio de Janeiro, sob a liderança do prefeito Eduardo Paes, apresentou um projeto de lei que visa expandir a rede de VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) até São Cristóvão. A proposta, encaminhada à Câmara de Vereadores, busca integrar o novo modal com o Metrô e os trens que já operam na região. O projeto também inclui a criação de um Bilhete Único Metropolitano, facilitando a conexão entre a Baixada Fluminense e o sistema de transporte da cidade.

O prefeito solicitou autorização para estabelecer parcerias público-privadas e para a conversão gradual das linhas do BRT Transcarioca e Transoeste para o novo sistema. O texto deixa em aberto a possibilidade de utilização de tecnologias alternativas, como os Veículos Leves sobre Pneus, que apresentam um custo de implantação mais acessível. A proposta surpreendeu alguns vereadores, uma vez que o Plano Estratégico 2025-2028 previa apenas a assinatura de uma concessão para a conversão de uma linha até 2028.

Integração e Desenvolvimento Urbano

O projeto de Paes inclui a revitalização de áreas estratégicas, como o Centro de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga e o Hospital Quinta D'Or. A antiga estação da Leopoldina, na Avenida Francisco Bicalho, será um ponto de conexão com a malha de VLT já existente. O presidente da Câmara, Carlo Caiado, destacou a importância do legislativo na recuperação do sistema BRT e na análise do novo projeto, que poderá receber sugestões e emendas.

Além disso, o prefeito pediu autorização para contrair um novo empréstimo de R$ 882 milhões, que será destinado a projetos de urbanização em comunidades, como o Complexo do Alemão e a Rocinha. Os recursos visam melhorias nas redes de drenagem e construção de praças, além de canalizar parte da bacia do Rio Acari. A inclusão de um capítulo sobre favelas no Plano Diretor, promovida pela Câmara, foi um avanço significativo para garantir mais recursos para essas áreas.

Críticas e Expectativas

A proposta gerou críticas da oposição, com o vereador Paulo Messina questionando a autorização para expansões de serviços que ainda não foram implementados. Ele sugeriu que a prefeitura deveria ter optado por um transporte sobre trilhos desde o início. O modelo de concessão patrocinada proposto para os novos VLTs exigirá subsídios públicos, tanto para a construção quanto para o pagamento das passagens.

Com essas iniciativas, a prefeitura busca não apenas melhorar a mobilidade urbana, mas também revitalizar áreas históricas e promover a inclusão social através de investimentos em infraestrutura nas comunidades.