03 de fev 2025
Aumento das chuvas em São Paulo é impulsionado por crescimento urbano e aquecimento climático
Estudo do IAG USP revela aumento de chuvas em São Paulo nos últimos 90 anos. Fevereiro de 2025 já registrou 161 mm de chuva, 65% do esperado para o mês. Governo prorrogou Gabinete de Crise da Defesa Civil devido às chuvas severas. Crescimento urbano e aquecimento são fatores principais para chuvas intensas. Projeções indicam tempestades mais intensas até 2030, exigindo ações mitigadoras.
Foto:Reprodução
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Um estudo do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP) revela que, ao longo de noventa anos, o volume de chuvas em São Paulo aumentou, com um crescimento médio de 5,5 mm por ano entre 1933 e 2023. Em fevereiro de 2025, a cidade já registrou 161 mm de chuva, representando cerca de 65% do total esperado para o mês, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE).
O aumento das chuvas severas, definidas como precipitações superiores a 80 mm em um único dia, é atribuído principalmente ao crescimento urbano. Este fenômeno intensifica o aquecimento local devido às atividades humanas, como indústrias e veículos, além da influência da região amazônica na umidade do ar. A combinação de calor e umidade resulta em chuvas intensas, especialmente quando frentes frias se encontram com ar quente e úmido.
Em resposta ao volume significativo de chuvas, o governo de São Paulo prorrogou o Gabinete de Crise da Defesa Civil até o dia 5 de fevereiro. As áreas mais afetadas incluem a capital, a Região Metropolitana e diversas cidades do interior, como Bauru e Araraquara. A medida visa mitigar os impactos das chuvas severas que têm se intensificado.
O estudo do IAG-USP também projeta que, até 2030, as tempestades em São Paulo devem se tornar ainda mais intensas, devido à verticalização e ao aumento do tráfego. Para controlar essa situação, é essencial promover o plantio de árvores e a utilização de transporte público, além da adoção de veículos elétricos, que podem ajudar a reduzir o calor gerado pelas atividades humanas.
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