Tribunal argentino arquiva acusações de negligência contra três envolvidos na morte de Liam Payne

Um tribunal na Argentina decidiu arquivar as acusações de negligência criminal contra três dos cinco indiciados pela morte de Liam Payne, ex-integrante do One Direction, que caiu de um balcão de hotel em Buenos Aires em outubro do ano passado. O laudo preliminar da autópsia apontou múltiplos traumas e hemorragias como causas da morte, enquanto um exame toxicológico revelou a presença de álcool, cocaína e antidepressivos prescritos no organismo de Payne.

O tribunal absolveu Esteban Grassi, recepcionista do CasaSur Hotel, Rogelio Nores, um empresário argentino-americano que acompanhava Payne, e Gilda Martin, gerente do hotel. Grassi havia feito duas chamadas de emergência antes do acidente, relatando que um hóspede estava "destruindo o quarto" e expressando preocupação com a segurança do convidado. Os promotores alegaram que Nores falhou em seu dever ao deixar Payne sozinho, mas o tribunal concluiu que ele não tinha obrigação legal.

Martin e Grassi também foram isentos de responsabilidade, pois o tribunal considerou que não havia evidências suficientes de que suas ações contribuíram diretamente para a queda fatal. No entanto, dois outros réus, Ezequiel David Pereyra, ex-funcionário do hotel, e Braian Paiz, garçom que atendeu Payne, permanecem detidos. Eles são acusados de fornecer narcóticos a Payne, crime que pode resultar em pena de prisão de quatro a quinze anos na Argentina.

O tribunal justificou a manutenção da detenção dos dois réus pela gravidade das acusações. No sistema legal argentino, os promotores reúnem provas para que um juiz decida se o caso deve ir a julgamento. Liam Payne foi sepultado em novembro no Reino Unido, em um funeral que contou com a presença de seus ex-colegas de banda, da namorada Katie Cassidy e da ex-parceira Cheryl Cole, com quem teve um filho.