27 de fev 2025
Indústria moderna avança em sustentabilidade e enfrenta desafios na matriz elétrica
O Brasil enfrenta um aumento de 84% nas emissões de CO2 até 2034, devido a termelétricas. A participação das hidrelétricas na matriz elétrica caiu de 96% para 64% nos últimos anos. A indústria brasileira, com apenas 6% das emissões, investe em descarbonização e tecnologias sustentáveis. Termelétricas a carvão e gás emitem até 34 vezes mais gases de efeito estufa que hidrelétricas. A COP30 será crucial para o Brasil reavaliar sua matriz energética e priorizar fontes renováveis.
Foto:Reprodução
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A imagem tradicional de fábricas poluidoras está ultrapassada, pois a indústria moderna no Brasil representa apenas 6% das emissões de carbono. Com inovações tecnológicas e processos automatizados, o setor se destaca por sua alta taxa de preservação ambiental e compromisso com as metas de descarbonização, como as do Acordo de Paris. No entanto, a matriz elétrica do país enfrenta desafios significativos, especialmente com o aumento do uso de termelétricas movidas a combustíveis fósseis, que devem elevar as emissões de CO2 em 84% até 2034.
Dados do Ministério de Minas e Energia revelam que a produção de energia por termelétricas cresceu seis vezes nos últimos anos, enquanto as hidrelétricas, que há três décadas representavam 96% da matriz elétrica, agora são apenas 64%. Essa mudança resultou em uma queda no índice de renovação da matriz, de 97% para 89%, contrariando os esforços globais de redução de emissões. Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) indica que as termelétricas não renováveis são responsáveis por 42% das emissões de gases de efeito estufa da indústria.
A indústria tem buscado mitigar esses impactos, com investimentos de R$ 70 milhões no primeiro Centro de Descarbonização da América Latina, focado em combustíveis sustentáveis e captura de carbono. Contudo, a continuidade do uso de termelétricas prejudica esses esforços, favorecendo usinas menos eficientes e mais poluentes. O Brasil, ao priorizar essas fontes, compromete sua competitividade e sustentabilidade.
Na COP30, o Brasil terá a oportunidade de demonstrar um novo compromisso com a energia limpa, redescobrindo o potencial das hidrelétricas como fundamentais para a transição energética. A mensagem é clara: é necessário reverter a tendência atual e valorizar as fontes renováveis para um futuro mais sustentável.
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