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28 de fev 2025

Mineração ilegal na Amazônia venezuelana gera crise ambiental e migração forçada

A mineração ilegal na Amazônia venezuelana já possui mais de 3.700 pontos ativos. Comunidades indígenas estão sendo deslocadas para cidades como Puerto Ayacucho. A escassez de água potável e precarização urbana aumentam nas cidades afetadas. A deforestação e contaminação por mercúrio impactam a saúde e cultura indígena. Iniciativas sustentáveis buscam proteger territórios e oferecer alternativas econômicas.

Foto:Reprodução

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Na Amazônia venezuelana, um dos últimos grandes pulmões verdes do mundo, a mineração ilegal está causando uma crise significativa, frequentemente ignorada fora da região. Em 2022, uma pesquisa revelou mais de 3.700 pontos de atividade mineradora e uma rede de pistas para o tráfico de ouro e drogas. Essa extração, impulsionada pela demanda internacional e pela crise econômica local, está devastando o meio ambiente e alterando as dinâmicas populacionais, pressionando as cidades intermediárias e impactando diretamente as comunidades indígenas e periurbanas.

A mineração, especialmente no Arco Minero do Orinoco, tem provocado um deslocamento interno, forçando comunidades indígenas e rurais a abandonarem seus territórios ancestrais. Muitas dessas populações se estabelecem em cidades como Puerto Ayacucho e Cidade Bolívar, onde a falta de planejamento urbano gera novos desafios, como a sobrecarga de serviços básicos e a precarização do emprego. O Instituto Nacional de Estatística da Venezuela (INE) aponta que mais de 1,6 milhão de pessoas no Estado Bolívar foram afetadas pelo crescimento da mineração.

Além dos problemas sociais, a mineração ilegal resulta em deflorestação massiva. Para extrair ouro, grandes áreas de floresta são destruídas, comprometendo a vegetação que regula o clima e a disponibilidade de água. Entre 2016 e 2020, mais de 140.000 hectares de floresta primária foram perdidos, o que agrava a escassez de água e afeta a agricultura nas cidades amazônicas. O uso de mercúrio na mineração contamina os rios, colocando em risco a saúde das comunidades indígenas que dependem da pesca.

Diversas organizações e comunidades indígenas estão promovendo iniciativas para proteger seus territórios e buscar alternativas econômicas sustentáveis, como educação ambiental, ecoturismo e comércio justo. A cooperação internacional também é essencial para pressionar o governo venezuelano a implementar medidas de controle na mineração. A crise da mineração ilegal na Amazônia não é apenas ambiental, mas uma reconfiguração das dinâmicas populacionais e urbanas, exigindo uma resposta urgente para proteger a biodiversidade e a cultura da região.

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