11 de mar 2025
Eventos climáticos extremos se intensificam com a ausência do La Niña no Brasil
O Brasil enfrenta ondas de calor desde o início de 2023, com La Niña menos impactante. Janeiro de 2025 foi o mais quente já registrado, segundo a OMM. A OMM prevê 60% de chance de condições neutras entre março e maio. Chuvas abaixo da média são esperadas em várias regiões do Brasil. Previsões climáticas podem economizar milhões e salvar vidas em desastres.
Foto:Reprodução
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As ondas de calor persistentes no Brasil desde o início de 2024 indicam que o fenômeno La Niña, que normalmente resfria as águas do oceano Pacífico, não se manifestou como esperado. A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) relatou que, embora a presença de La Niña tenha sido sentida, foi menos intensa do que previsto. Este fenômeno é caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais no Pacífico Equatorial, impactando a circulação atmosférica e as precipitações.
Atualmente, as temperaturas do Pacífico Equatorial estão abaixo da média, mas a OMM prevê que elas devem retornar rapidamente à normalidade. Essa situação é influenciada pelas mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global, que estão elevando as temperaturas globais e oceânicas. A meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Danielle Barros Ferreira, destacou que a persistência limitada de temperaturas mais frias pode intensificar eventos climáticos extremos e alterar padrões tradicionais.
A OMM também alertou que a chegada de La Niña não será suficiente para mitigar os efeitos do aquecimento global, com janeiro de 2025 sendo o mês mais quente já registrado. As previsões indicam uma probabilidade de 60% de retorno a condições "neutras" entre março e maio, aumentando para 70% entre abril e junho. As alterações climáticas esperadas incluem chuvas abaixo da média no Centro-Oeste e Sudeste, enquanto o Norte e Nordeste devem enfrentar chuvas intensas e ventos fortes.
A chance de La Niña ocorrer ainda em 2024 é considerada quase nula, com efeitos climáticos opostos ao El Niño, que aquece o oceano. A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, enfatizou a importância de entender esses fenômenos para facilitar alertas precoces e intervenções rápidas, o que pode resultar em economias significativas em setores como agricultura e energia, além de salvar vidas ao preparar a população para desastres.
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