Traficante Professor usava rede de restaurantes para lavar R$ 250 milhões do crime

Morto no último domingo, o traficante Fhillip da Silva Gregório, conhecido como Professor, utilizava uma rede de restaurantes para lavar dinheiro do tráfico de drogas. Ele estava ligado ao Comando Vermelho (CV) e estruturou um esquema que envolvia laranjas, produtoras de bailes funk e empresas de fachada. A Polícia Civil desarticulou esse esquema financeiro, bloqueando 38 contas e apreendendo bens, incluindo carros de luxo.

A operação, deflagrada na última terça-feira, visa desmantelar o núcleo financeiro do CV, que, segundo as investigações, lavou mais de R$ 250 milhões. Além de Professor, a polícia investiga Viviane Noronha, esposa do cantor MC Poze, por receber valores do tráfico através de empresas de fachada. O delegado Jefferson Ferreira afirmou que há indícios de que a rede de restaurantes era parte do esquema.

O sócio da Picanha do Juscelino, Juscelino Medeiros de Lima, conhecido como Rei da Picanha, não se manifestou sobre as acusações. A investigação revelou que o dinheiro do tráfico era transferido para intermediários em Ponta Porã (MS), onde armas e drogas eram adquiridas. Gustavo Miranda de Jesus, operador financeiro de Professor, movimentou mais de R$ 30 milhões em um ano, mesmo estando cadastrado no auxílio emergencial.

Durante a operação, a polícia também apreendeu quatro carros de luxo e bloqueou bens de Viviane Noronha. Além disso, a facção criminosa realizou um depósito para Mohamed Hussein Ahmed, suspeito de atuar como operador financeiro da Al-Qaeda. A investigação continua, com a polícia buscando mais evidências sobre a rede de lavagem de dinheiro.