01 de jul 2025
ONU alerta que 73% dos patrimônios culturais e naturais estão em risco severo
Relatório alerta que 73% dos sítios da Lista do Patrimônio Mundial enfrentam riscos hídricos severos, exigindo ações urgentes de proteção.

Pirâmide de Chichén Itzá recebe turistas (Foto: Regina Alvarez/Agência O Globo)
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Quase 73% dos sítios não marinhos da Lista do Patrimônio Mundial da Unesco estão sob risco severo relacionado à água, segundo um novo relatório. O documento destaca locais icônicos como Chan Chan, no Peru, e o Taj Mahal, na Índia, que enfrentam ameaças crescentes devido a secas e inundações.
A Unesco já havia alertado sobre os perigos que as mudanças climáticas representam para patrimônios culturais e naturais. O aumento das temperaturas e eventos climáticos extremos, como furacões e ondas de calor, têm se tornado mais frequentes. O relatório, elaborado em parceria com o World Resources Institute (WRI), revela que 1.172 sítios estão expostos a riscos hídricos, como estresse hídrico e inundações fluviais ou costeiras.
Riscos Globais
No Peru, Chan Chan, uma antiga cidade pré-colombiana, está em risco elevado de inundações, especialmente devido ao fenômeno El Niño. Na China, a elevação do nível do mar provoca inundações costeiras, afetando áreas úmidas essenciais para aves migratórias. O relatório enfatiza que locais como o Parque Nacional do Serengeti, na Tanzânia, e a cidade sagrada de Chichén Itzá, no México, também enfrentam riscos hídricos que ameaçam não apenas os sítios, mas as comunidades que deles dependem.
O estresse hídrico é uma preocupação crescente, especialmente em regiões como o Oriente Médio e o Norte da África. Na Índia, a escassez de água está levando à contaminação das águas subterrâneas, prejudicando a estrutura do Taj Mahal. Nos Estados Unidos, inundações em 2022 causaram danos significativos ao Parque Nacional de Yellowstone, resultando em mais de US$ 20 milhões em reparos.
Exemplos de Ameaças
Outros locais em risco incluem os pântanos do sul do Iraque, que são considerados o lar bíblico do Jardim do Éden, e as secas recorrentes nas Cataratas Vitória, na fronteira entre Zâmbia e Zimbábue. O relatório destaca a necessidade urgente de ações para proteger esses patrimônios, que são vitais para a cultura e a biodiversidade global.
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