Ugly shoes se tornam tendência e movimentam bilhões no mercado de calçados

Os ugly shoes, ou sapatos feios, continuam a dominar o cenário da moda, com marcas como Crocs, Balenciaga e Birkenstock desafiando padrões estéticos. Recentemente, a Melissa lançou o modelo Quantum Skeaker em parceria com a Diesel, enquanto a New Balance apresentou o 1906L, reafirmando sua posição nesse nicho.

Esses calçados, que priorizam o conforto e o design ousado, têm conquistado um público fiel. O Quantum Skeaker, por exemplo, traz elementos de design paramétrico e optical art, com uma estética futurista. A Crocs, por sua vez, tem se destacado por colaborações com marcas emergentes e ícones da cultura pop, como personagens da Disney e estilistas renomados. Em 2024, a empresa reportou um aumento de 4% em sua receita, atingindo US$ 4,1 bilhões.

O Renascimento dos Clássicos

A New Balance, conhecida por seus sneakers, tem relançado modelos que equilibram conforto e estilo. O modelo 1906L, desenvolvido em parceria com o designer japonês Junya Watanabe, foi apresentado na Semana de Moda de Paris em janeiro de 2024. Essa mistura de sneaker e loafer gerou burburinho nas redes sociais, com críticos destacando sua estética peculiar.

Além disso, a Birkenstock, que já foi alvo de críticas, viu suas sandálias se tornarem itens de desejo. O clog Boston, antes considerado apenas para uso doméstico, agora é um elemento essencial do street style. As UGG boots também passaram por uma transformação semelhante, ganhando popularidade nas ruas.

Tendências Emergentes

Atualmente, as tabis, sapatos que separam o dedão dos demais dedos, estão ressurgindo na moda. Inspiradas nas tradicionais meias japonesas, essas peças foram popularizadas pela Maison Margiela em 1988 e agora aparecem em diversas formas, como sapatilhas e botas. A marca brasileira Pace lançou o modelo YOSHI’S TABI, que reflete essa nova onda.

Os ugly shoes, portanto, continuam a provocar debates sobre o que é considerado belo na moda. Entre amor e rejeição, essas peças desafiam normas e revelam a evolução das preferências estéticas na sociedade contemporânea.