Prefeitura enfrenta dificuldades para acessar praias de Niterói após ressaca marítima

Equipes da Defesa Civil, da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) e da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin) estão mobilizadas na orla de Niterói para avaliar os danos causados por uma ressaca intensa que teve início na terça-feira. Áreas como Camboinhas e Praia do Sossego foram interditadas devido aos riscos e à força das ondas, que podem atingir até 3,5 metros de altura, conforme alerta da Marinha do Brasil.

As condições do mar dificultam as ações de vistoria e reparo, mas as equipes permanecem atentas. Em Camboinhas, as escadas de acesso à praia sofreram danos significativos, enquanto a Praia do Sossego ficou inacessível. A prefeitura informou que, assim que o tempo permitir, as equipes técnicas irão ao local para programar os reparos necessários.

Ações de Limpeza e Prevenção

A Clin também está atuando na limpeza da ciclovia da Prainha de Piratininga, onde as ondas avançaram até as residências. Contêineres foram retirados preventivamente da região para evitar danos e acidentes. Alguns contêineres danificados já foram recolhidos e precisarão ser substituídos. A limpeza da faixa de areia será realizada assim que as condições permitirem.

Em Itacoatiara, a situação também é preocupante, com o costão coberto pelas ondas, um fenômeno que chamou a atenção de moradores e frequentadores. Um estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF) classifica Piratininga como o bairro mais vulnerável de Niterói a eventos climáticos extremos, como ressacas e inundações. Os pesquisadores alertam que essas ocorrências devem se tornar cada vez mais frequentes devido às mudanças climáticas.

Recomendações da Defesa Civil

Diante da gravidade da situação, a Defesa Civil de Niterói recomenda que moradores e frequentadores evitem áreas de risco e sigam as orientações das autoridades locais. A prefeitura continua monitorando a situação e se prepara para agir assim que as condições climáticas melhorarem.