Cientistas brasileiros descrevem nova espécie de inseto aquático no Rio Grande do Norte
Cientistas brasileiros descobriram a nova espécie Zavrelimyia ximenesae no Rio Grande do Norte, ampliando o conhecimento sobre quironomídeos.
Foto:Reprodução
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Cientistas brasileiros identificaram uma nova espécie de inseto aquático no Rio Grande do Norte. A Zavrelimyia ximenesae é a primeira do gênero na América do Sul e foi descoberta por meio de um projeto do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), liderado por Galileu Dantas e Neusa Hamada, em colaboração com Marcos Pinheiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
A nova espécie foi coletada no rio Taborda, em Parnamirim, utilizando redes e armadilhas aquáticas. O estudo analisou a espécie em diferentes estágios, desde a pupa até o inseto adulto. As análises revelaram características únicas, como o padrão de coloração e a genitália do macho, permitindo a distinção da nova espécie de outras conhecidas. Segundo os pesquisadores, o registro é importante para a diversidade do gênero na região neotropical.
Homenagem à Professora
O nome ximenesae homenageia a professora Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes, referência em parasitologia e entomologia médica na UFRN. Desde dois mil e quatro, ela coordena o Laboratório de Entomologia (Labent) da universidade e já atuou em estudos sobre doenças como dengue e zika. A relação entre os autores e a professora é próxima, com Marcos Pinheiro sendo seu orientando e Galileu Dantas também tendo sido seu aluno.
Para Ximenes, a descoberta representa um reconhecimento pelo trabalho e um avanço científico. “Descobrir uma nova espécie é um sonho de qualquer biólogo”, afirmou. Ela também destacou a importância dos quironomídeos como bioindicadores de saúde ambiental.
Próximos Passos da Pesquisa
A próxima etapa da pesquisa visa identificar a fase larval da nova espécie. Há registros de larvas do mesmo gênero em Pernambuco, em ambientes semelhantes ao do rio Taborda. Os cientistas suspeitam que possam ser da mesma espécie, mas ainda não há confirmação. A descoberta da Zavrelimyia ximenesae amplia o conhecimento sobre a biodiversidade de insetos aquáticos e pode contribuir para estudos taxonômicos e ecológicos relacionados ao grupo.
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