Gato se torna coautor de artigo científico e surpreende comunidade acadêmica
Gato Chester, coautor de artigo científico em 1975, inspirou outros felinos acadêmicos e se tornou ícone de criatividade na ciência.
Foto:Reprodução
Ouvir a notícia:
Gato se torna coautor de artigo científico e surpreende comunidade acadêmica
Ouvir a notícia
Gato se torna coautor de artigo científico e surpreende comunidade acadêmica - Gato se torna coautor de artigo científico e surpreende comunidade acadêmica
Em novembro de 1975, a comunidade científica foi surpreendida ao ver um gato como coautor em um artigo publicado no periódico Physical Review Letters. O siamês Chester, animal de estimação do físico Jack H. Hetherington, foi creditado sob o pseudônimo F. D. C. Willard. A inclusão se deu devido a uma exigência editorial que não permitia artigos no plural de um único autor.
Hetherington, professor da Universidade Estadual de Michigan, redigiu um estudo sobre trocas atômicas no isótopo hélio-3. Para evitar reescrever o texto, ele decidiu adicionar um autor fictício. O nome escolhido foi uma combinação da espécie do gato e seu nome, o que passou despercebido pelos editores. O artigo foi bem recebido e citado mais de 60 vezes em outras pesquisas.
Revelação e Reconhecimento
Em 1978, a história foi revelada em uma conferência científica, onde Hetherington apresentou cópias do artigo com a assinatura dele e a “pata” de Chester. A revelação gerou risos, mas não afetou a credibilidade do trabalho. Em 1980, Chester "assinou" um segundo artigo, desta vez sozinho, publicado em francês no periódico La Recherche, abordando aspectos técnicos do hélio-3.
O artigo de Chester, apesar de sua origem inusitada, é relevante e ainda é citado em estudos de mecânica quântica. Em 2014, a Sociedade Americana de Física reconheceu a curiosidade histórica da publicação, disponibilizando artigos "assinados por gatos".
Inspiração para Outros
A história de Chester inspirou outros casos, como o do gato Larry, que foi citado em mais de 130 estudos acadêmicos. Chester faleceu em 1982, mas permanece como um símbolo de criatividade e humor na ciência. Seu nome é frequentemente mencionado em compilações sobre os episódios mais inusitados da pesquisa científica moderna.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.